A Astrologia Sideral se diferencia notavelmente da astrologia contemporânea, começando pelo fato de incluir 14 signos em seu zodíaco. Além dos 12 signos tradicionais, a astrologia sideral incorpora Ofiúco e Órion, refletindo uma conexão direta com as constelações reais no céu. Essa abordagem faz com que os signos no mapa astrológico sideral tenham tamanhos diferentes, já que estão alinhados com o tamanho real das constelações, diferentemente da astrologia tropical (usada na astrologia contemporânea), onde os signos possuem 30 graus de tamanho fixo.
Outra diferença marcante é que a maioria das pessoas, ao comparar seus signos na astrologia contemporânea com a sideral, descobrirá que seu signo é diferente, geralmente o signo anterior na ordem. Isso ocorre porque a astrologia sideral está alinhada com as constelações atuais, levando em conta a precessão dos equinócios, o que muda a posição dos signos.
Cada signo na astrologia sideral possui apenas um regente, simplificando o sistema de regências. Além disso, essa abordagem dá uma importância especial a alguns asteroides, como Quíron, Pallas, Vesta e Ceres, que ganham títulos de regência, destacando-se como influências significativas em um mapa astrológico.
Uma característica interessante da astrologia sideral é que os significados dos planetas estão intimamente ligados aos signos que regem. O planeta não apenas influencia o signo, mas também carrega as características e a energia do signo que rege, criando uma relação simbiótica entre eles.
Além disso, os mitos e os símbolos Sabeus desempenham um papel crucial na interpretação dos mapas astrológicos siderais. Esses elementos fornecem uma camada mais profunda de significado, enriquecendo as leituras e oferecendo insights mais detalhados sobre as influências astrais.
Por outro lado, a astrologia contemporânea, que é amplamente praticada hoje, mantém uma abordagem mais tradicional com 12 signos de 30 graus cada, focando em interpretações psicológicas e modernas. Ela não considera as constelações reais no céu, mas se baseia no zodíaco tropical, que é fixo e não muda com o tempo.
Na astrologia contemporânea, os signos podem ter mais de um regente (um planeta tradicional e um moderno), e asteroides como Quíron, Pallas, Vesta e Ceres geralmente não são considerados regentes, mas ainda podem ser importantes na interpretação.
Apesar dessas diferenças, muitos elementos funcionam de forma semelhante em ambas as abordagens. O cálculo das casas, os aspectos entre os planetas, e até mesmo a interpretação básica de certos pontos como o Ascendente, Meio do Céu, e Lua, permanecem os mesmos. Ambas as abordagens buscam oferecer insights sobre a personalidade, o destino e os eventos na vida do indivíduo, embora com métodos e perspectivas diferentes.
Assim, a escolha entre astrologia contemporânea e sideral depende do que ressoa mais com o praticante ou consulente: uma abordagem alinhada com as constelações reais e mitos universais (Sideral), ou uma interpretação mais simbólica e psicológica do céu (Contemporânea)
Particularmente, gosto da Astrologia Sideral não só por sua precisão astronômica, mas também pela clareza e facilidade em entender certos pontos do mapa, raramente havendo a necessidade de um aprofundamento muito detalhado. Minha percepção é de que há um profundo significado nas posições celestes reais, simbolizando um verdadeiro resgate da tradição de olhar para o céu a fim de obter as respostas que esperamos do universo.